Os acidentes de trabalho, infelizmente, ainda são frequentes nas indústrias. Saiba quais medidas devem ser adotadas para preveni-los.
Os acidentes de trabalho estão entre os maiores desafios a serem superados no segmento industrial. De acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), citados pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), em média, um trabalhador sobre um acidente a cada 48 segundos. Esse mesmo estudo mostra que entre os anos de 2012 e 2018, o Brasil registrou mais de 4 milhões de acidentes de trabalho. Entre as alternativas existentes para minimizar esse problema, as barreiras flexíveis se destacam.
A problemática dos acidentes de trabalho na indústria pode ser analisada sob duas perspectivas: a primeira delas e mais importante, diz respeito à saúde e à vida do trabalhador que acabam sendo colocadas em risco nesse tipo de ocorrência. A segunda está relacionada ao prejuízo financeiro que a empresa tem em decorrência desses acidentes. O MPT também levantou que no mesmo período supracitado, mais de 318 mil dias de trabalho foram perdidos por esse motivo e o prejuízo financeiro foi mais de R$ 27 milhões.
Nesse sentido, de acordo com Marcelo Pereira Miranda, Técnico em Segurança do Trabalho, da Onflex, as empresas precisam assumir a sua responsabilidade. “A empresa deve criar meios para evitar os acidentes de trabalho, ou seja, gerar informação a respeito do assunto, investir na sinalização adequada, na instalação de barreiras e na formação de equipes que atuem em iniciativas preventivas”.
Quem são os trabalhadores mais afetados?
Os trabalhadores de funções transversais, que são aqueles que operam veículos e máquinas (como empilhadeiras e paleteiras, por exemplo), são os mais acometidos por acidentes de trabalho. Eles respondem por pouco mais de 37% do total de acidentes. Em seguida nesse ranking, figuram os trabalhadores das ciências biológicas, de saúde e áreas afins; trabalhadores das indústrias de construção civil e trabalhadores das indústrias extrativas.
Miranda reforça que na área logística, os acidentes relacionados à condução de veículo realmente são os mais frequentes. “A maioria dos acidentes nesse tipo de indústria consiste em atropelamentos e colisões contra o anteparo. Isso acontece porque o trânsito é bastante intenso”, explica.
Também existe um levantamento que identificou quais são as partes do corpo mais atingidas por acidentes de trabalho. Em primeiro lugar, estão os dedos, com 19%; em segundo lugar, os pés, com 6,4%; as mãos, com 5,9%; os joelhos, com 4,2% e os ombros com 2,7%.
Como as indústrias podem prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho?
Em primeiro lugar, é preciso entender quais são os elementos que tornam uma determinada indústria mais suscetível à ocorrência de acidentes. Entre eles, estão:
- Ambientes de trabalho insalubres, nos quais não há o investimento necessário em estruturas que previnam e minimizem os acidentes;
- Falta de fornecimento adequado de equipamentos de proteção individual;
- Falta de manutenção preventiva e frequente no maquinário;
- Falta de informação de qualidade para os trabalhadores.
Portanto, é justamente nessas quatro frentes que a indústria deve atuar concomitantemente para tornar o seu ambiente mais seguro para todos os colaboradores.
Ao mesmo tempo em que a empresa investe na sua estrutura física, para tornar-se mais segura, ela deve criar iniciativas de conscientização dos colaboradores, capacitar equipes para isso, garantir que as manutenção preventivas sejam feitas da forma correta e conceder todo o equipamento de proteção individual necessário.
E, além disso, se acontecer algum acidente, também é responsabilidade da empresa analisar a fundo o que aconteceu, o que o motivou para promover as mudanças necessárias e, assim, evitar que o mesmo caso se repita.
Como as barreiras flexíveis atuam na prevenção desse tipo de acidente?
As barreiras flexíveis são estruturas indispensáveis em setores nos quais há trânsito de máquinas e pedestres, conforme explica Miranda. “As barreiras minimizam significativamente os acidentes, especialmente os atropelamentos e colisões. Isso porque elas fazem uma divisão entre pessoas e máquinas, impossibilitando que elas transitem no mesmo espaço e ao mesmo tempo. Assim, o risco se torna mínimo”.
O especialista detalha que essas barreiras físicas impedem que os pedestres atravessem para o lado das máquinas e vice-versa, evitando que se encontrem.
Outro tipo de acidente que também pode acontecer na indústria, especialmente em barracões de estoque e armazenamento, é o desabamento dos itens dispostos em prateleiras, que podem atingir os pedestres que estão transitando pelo pavimento. Para preveni-los, as empresas que têm cenários como esse, também podem investir nas barreiras de nível alto, que fazem a contenção desses itens, evitando que atinjam pessoas. Além disso, “barreiras de nível alto também são imprescindíveis nas indústrias onde há trânsito de máquinas em andares elevados”, ressalta Miranda.
Por meio desse tipo de barreira, também é possível criar um guia de circulação dentro dos barracões, garantindo que as pessoas transitem por um percurso no qual permaneçam seguros. Nesse sentido, elas também reforçam a sinalização, que é justamente um dos critérios para que os acidentes sejam evitados.
E se, mesmo assim, um acidente acontecer?
O uso das barreiras de proteção em conjunto com as outras medidas que foram abordadas, vai reduzir significativamente a possibilidade de que acidentes aconteçam. A chance de um atropelamento será ínfima, especialmente se os colaboradores também seguirem as recomendações de segurança.
No entanto, mesmo com tudo isso, ainda é possível que uma empilhadeira venha a colidir com o anteparo, por exemplo. E essa é mais uma das razões pelas quais o investimento em barreiras flexíveis é viável. Esse tipo de barreira tem uma tecnologia que garante absorção e dissipação do impacto da colisão, para que ele não recaia sobre o trabalhador que estava conduzindo a máquina.
Além disso, diferentemente das barreiras metálicas, as flexíveis são projetadas para voltar ao seu formato original após a deformação. Na prática, isso significa que elas continuam mantendo a sua função de prevenir e minimizar acidentes mesmo após uma colisão, sem que precisem ser substituídas.
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